Era um redondo vocábulo Uma soma agreste Revelavam-se ondas Em maninhos dedos Polpas seus cabelos Resíduos de lar, Pelos degraus de Laura A tinta caía No móvel vazio, Congregando farpas Chamando o telefone Matando baratas A fúria crescia Clamando vingança, Nos degraus de Laura No quarto das danças Na rua os meninos Brincando e Laura Na sala de espera Inda o ar educa
29 de Novembro | 22h30 | Teatro Aveirense (Aveiro) A 30 de Novembro |21h30 |Auditório Municipal (Paredes) A 1 de Dezembro|22h00 | Café Concerto (Pombal)
Que hei-de eu fazer Eu tão nova e desamparada Quando o amor Me entra de repente P´la porta da frente E fica a porta escancarada
Vou-te dizer A luz começou em frestas Se fores a ver Enquanto assim durares Se fores amada e amares Dirás sempre palavras destas
P´ra te ter P´ra que de mim não te zangues Eu vou-te dar A pele, o meu cetim Coração carmesim As carnes e com elas sangues
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor, é cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
E se um dia a razão Fria e negra do destino Deitar mão À porta, à luz aberta Que te deixe liberta E do pássaro se ouça o trino
Por te querer Vou abrir em mim dois espaços P´ra te dar Enredo ao folhetim A flor ao teu jardim As pernas e com elas braços
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor, É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Mas se tudo tem fim Porquê dar a um amor guarida Mesmo assim Dá princípio ao começo Se morreres só te peço Da morte volta sempre em vida
Às vezes o amor No calendário, noutro mês é dor, É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo Da morte volta sempre em vida
O homem que diz "dou" não dá, porque quem dá mesmo não diz, O homem que diz "vou" não vai, porque quando foi já não quis, O homem que diz "sou" não é, porque quem é mesmo é "não sou", O homem que diz "tô" não tá, porque ninguém tá quando quer,
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha, traidor, Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor,
Vai, vai, vai, vai, não vou Vai, vai, vai, vai, não vou Vai, vai, vai, vai, não vou Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer, A tristeza de um amor que passou, Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer, Na manhã de um novo amor, Amigo senhor, saravá, Xangô me mandou lhe dizer Se é canto de Ossanha, não vá, que muito vai se arrepender, Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer, Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer,
Que eu não sou ninguém de ir em conversa de esquecer A tristeza de um amor que passou Não, eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer Na manhã de um novo amor
Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam E nas noites brilhantes as palavras voavam E eu via que o céu me nascia dos dedos E a Ursa Maior eram ferros acessos Marinheiros perdidos em portos distantes Em bares escondidos em sonhos gigantes E a cidade vazia da cor do asfalto E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas Quem me salva desta espada Quem me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam Em que homens negavam o que outros erguiam Eu bebia da vida em goles pequenos Tropeçava no riso abraçava venenos De costas voltadas não se vê o futuro Nem o rumo da bala nem a falha no muro E alguém me gritava com voz de profeta Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
Quem me leva os meus fantasmas Quem me salva desta espada Quem me diz onde é a estrada
De que serve ter o mapa se o fim está traçado De que serve até à vista se o barco está parado De que serve ter a chave se a porta está aberta De que servem as palavras se a casa está deserta
Quem me leva os meus fantasmas Quem me salva desta espada Quem me diz onde é a estrada
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol É peroba no campo, é o nó da madeira Caingá candeia, é o matita-pereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mao, pedra de atiradeira É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manha, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã
Eu so quero que você saiba Que estou pensando em você Agora e sempre mais Eu só quero que você ouça A canção que eu fiz pra dizer Que eu te adoro cada vez mais E que eu te quero sempre em paz Tô com sintomas de saudade Tô pensando em você E como eu te quero tanto bem Aonde for não quero dor Eu tomo conta de você Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem Eu só quero que você caiba No meu colo Porque eu te adoro cada vez mais Eu só quero que você siga Para onde quiser Que eu não vou ficar muito atrás Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem Aonde for não quero dor Eu tomo conta de você Mas, te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem Eu só quero que você saiba Que estou pensando em você Mas, te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem E que eu te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem
O deserto Que atravessei Ninguém me viu passar Estranha e só Nem pude ver Que o céu é maior Tentei dizer mas vi você Tão longe de chegar Mas perto de algum lugar
É deserto Onde eu te encontrei Você me viu passar Correndo só Nem pude ver Que o tempo é maior Olhei pra mim Me vi assim Tão perto de chegar Onde você não está No silêncio uma catedral Um templo em mim Onde eu possa ser imortal Mas vai existir Eu sei Vai ter que existir Vai resistir nosso lugar Solidão Quem pode evitar Te encontro enfim Meu coração é secular Sonha e desagua Dentro de mim Amanhã devagar Me diz Como voltar
Se eu disser Que foi por amor Não vou mentir pra mim Se eu disser Deixa pra depois Não foi sempre assim Tentei dizer Mas vi você Tão longe de chegar Mas perto de algum lugar...
Quem contar um sonho que sonhou não conta tudo o que encontrou Contar um sonho é proibido
Eu sonhei um sonho com amor e uma janela e uma flor uma fonte de água e o meu amigo E não havia mais nada... só nós, a luz, e mais nada... Ali morou o amor
Amor, Amor que trago em segredo num sonho que não vou contar e cada dia é mais sentido
Amor, eu tenho amor bem escondido num sonho que não sei contar e guardarei sempre comigo
Acerta qui no mi kre panga Pró meu people di Luanda Agenti qui acetá nábandá Comigo ninguém si zangá Na pista vai ter qui comandá Do baleizão alma yangá Isso é dô molô sinhor landá É muito bicho ná fanta! Fim di Semana no Chiuáuá Meti o meu people assi sá pula! Issé a partir como tocá lá Mas eu é qui vim pá vos comandá Bô zé qui bouja lá de mu puá Elevo o consumo di cuca! Mêmo qui não gosta mi escuta! Tou pronta prá qualquer disputa
Garina não se atrapálhá A pétié qui avacalhá Estilo meu é quié puro Dama recenté no kuduro Aqueço noites no Mussulo Meu kuduro cura ma culo Batida não é só prós louco Maluko no papa qui tôco Faço chirilá quando fôco Por más qui cuié sempré pouco Tocá ná vizinha curi bancá Eli perguntá quem é qui voltá Meu estilo bati até ti chocá Até eli se tirá roupá!
Yah! Yah! Yah!
Acerta qui no mi kre panga Pró meu people di Luanda Agenti qui acetá nábandá Comigo ninguém si zangá Na pista vai ter qui comandá Do baleizão alma yangá Isso é dô molô sinhor landá É muito bicho ná fanta! Fim di Semana no Chiuáuá Meti o meu people assi sá pula! Issé a partir como tocá lá Mas eu é qui vim pá vos comandá Bô zé qui bouja lá de mu puá Elevo o consumo di cuca! Mêmo qui não gosta mi escuta! Tou pronta prá qualquer disputa
É isso aí Como a gente achou que ia ser A vida tão simples é boa Quase sempre É isso aí Os passos vão pelas ruas Ninguém reparou na lua A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar Eu não sei parar de te olhar Não vou parar de te olhar Eu não me canso de olhar Não sei parar De te olhar
É isso aí Há quem acredite em milagres Há quem cometa maldades Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí Um vendedor de flores Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar Não sei parar de te olhar Não vou parar de te olhar Eu não me canso de olhar Não vou parar de te olhar
Amigo maior que o pensamento Por essa estrada amigo vem Por essa estrada amigo vem Não percas tempo que o vento É meu amigo também Não percas tempo que o vento É meu amigo também
Em terras Em todas as fronteiras Seja benvindo quem vier por bem Se alguém houver que não queira Trá-lo contigo também
Aqueles Aqueles que ficaram (Em toda a parte todo o mundo tem) Em sonhos me visitaram Traz outro amigo também